segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MILK11 - LAEP / PARMALAT

Segue email enviado pelo RI da LAEP:

Prezados acionistas e colaboradores,

Como se sabe, a principal meta da Companhia é desenvolver investimentos de private equity, inclusive em empresas em condições especiais (distressed assets), buscando gerar retornos atrativos para seus investidores através da aquisição e administração de negócios de diversos setores e com atividades especialmente no Brasil, mas podendo fazer investimentos, conforme recentemente anunciado, em outros países.

Em síntese, a Companhia busca negócios por meio de diversas operações societárias, tais como aquisições, fusões, consórcios, investimentos específicos, assumindo ou não administração ativa dos negócios, inclusive de empresas em recuperação judicial. Como estratégia, procura concentrar seus investimentos em um número limitado de operações, o que possibilita à Companhia (a) dedicar tempo e recursos significativos na análise e acompanhamento dos investimentos e (b) agir ativamente na governança corporativa das companhias, com ou sem controle societário.

Após consideráveis estudos, em 2006 a Companhia decidiu investir no setor de lácteos , sobretudo em vista dos possíveis ganhos em um mercado pulverizado e informal, que certamente passaria por uma consolidação, como já ocorrido no Brasil em outros segmentos do agronegócio. Assim, decidiu-se adquirir, dentro de leilão judicial, administrado pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, a empresa Parmalat Brasil S.A. (“Parmalat Brasil”).

Nesse contexto, importante ressaltar as condições da Parmalat na oportunidade. Seu balanço em 2005, que reflete o período imediatamente anterior ao da aquisição pela LAEP, demonstra passivos e contingências totais superiores a 13,2 bilhões de reais, e patrimônio líquido negativo de R$548,4 milhões. Apesar do cenário extremamente adverso que se abateu sobre o setor a partir do final de 2007, aliada a aguda crise mundial de crédito e liquidez ocorrida em 2008 e a crise do setor lácteo, especialmente no mercado brasileiro com a verificação de “guerra” de preços, causando margens negativas, a Companhia logrou reverter a trajetória de prejuízos pela via da readequação dos volumes de produção e desativação de plantas menos competitivas. Mais recentemente, concentrou de suas operações no setor na Monticiano S.A., em parceria com o GP Investimentos, que resultou na criação da Lácteos Brasil S.A. – LBR (“LBR”), maior empresa de leite fluido e laticínios do hemisfério sul e uma das maiores do mundo, após a incorporação da Bom Gosto. A LBR conta também com a participação do BNDESPAR que detém 30,28 % do seu capital.

Tais conquistas e realizações somente se tornaram possíveis após o reequilíbrio das contas patrimoniais e financeiras da Companhia, promovido pela negociação e conversão de dívida em participação acionária, e de novas capitalizações. Assim a Companhia antecipa os saldos positivos de suas contas. Além disso, o processo de consolidação do setor alcançado com a formação da LBR (líder de mercado e com consagradas marcas) corrobora a visão perseguida pela administração da Companhia desde meados de 2006 e permitirá que o setor volte a operar com margens positivas, fazendo os necessários investimentos em produtividade, inovação e na própria cadeia produtiva.

Adicionalmente, tendo a administração equacionado seu investimento no setor lácteo, até então, o mais importante do seu portfólio, a Companhia tem se dedicado a prospectar e negociar novas oportunidades de investimentos, cumprindo sua proposta de negócio, qual seja, o investimento na aquisição de empresas e ativos com potencial de geração de valor e retorno aos seus acionistas.

Atenciosamente,

Conselho de Administração

Para acessar o ITR 1T10, clique aqui.
http://www.mzcenter.com.br/Arquivos/338141.pdf

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