domingo, 25 de julho de 2010

MILK11 - LAEP / PARMALAT

Alimentos

As receitas da Parmalat para reconquistar os brasileiros

Françoise Terzian e Ruy Barata Neto (redacao@brasileconomico.com.br)
23/07/10 07:38

Trinta e oito anos depois de iniciar sua operação no Brasil, a Parmalat tenta, pela segunda vez, se reerguer no país.

A marca, que vive à sombra de um passado arranhado pelo pedido de concordata em 2004 e denúncias de adição de soda cáustica e água oxigenada no leite em 2006, tem planos agressivos para voltar a reinar nas gôndolas brasileiras até dezembro.

O projeto começa com a retomada dos espaços perdidos nos pontos de venda por meio do relançamento de produtos tradicionais como o leite longa vida, o creme de leite, o leite condensado e, de quebra, novas linhas como a Zymil na inédita versão saborizada para disputar mercado com produtos à base de soja.

"Parmalat é sinônimo de leite e um ícone como marca. Hoje ela é tão forte quanto nos anos 90. Pesquisas mostram que o bonding (fidelidade) da Parmalat é infinitamente superior ao de qualquer outra marca.

Quem mais se aproxima hoje é a Paulista, da Danone, que se for à venda (a operação de leite) nos interessa", afirma Fernando Falco, presidente da Leitbom S.A., negócio de leite da GP Investments que detém a marca Parmalat além de LeitBom, Ibituruna, Poços de Caldas, Paulista (a franquia só para requeijão), Lady e Glória (adquirida pela Parmalat no começo de 2000).

Esse portfólio foi formado em março, quando foi costurado um consórcio entre a Laep Brasil (Latin America Equity Partners), a última controladora da Parmalat, e a Leitbom S.A. O contrato lhe rendeu a licença para operar a marca Parmalat no país para produzir e comercializar lácteos até 2017.

A licença funciona como uma franquia direta da matriz e obriga o consórcio brasileiro a pagar royalties à Parmalat Itália. Os passivos da marca são de responsabilidade da Parmalat Brasil, que se encontra em processo de recuperação judicial, portanto, não foram herdados pela Leitbom.

Atendendo diferentes regiões do país e públicos de renda variada, a Leitbom vê na reativação das marcas Parmalat e Glória e no fortalecimento do portfólio da Poços de Caldas - que ganha em breve uma linha de queijos finos - uma forma de ampliar sua rentabilidade e fugir dos prejuízos que afetam o mercado de leite em tempos de preço em declínio.

Em 2009, quando ainda não detinha a Parmalat e a Glória e nem havia o consórcio com a Laep, a Leitbom faturou R$ 550 milhões. Até o final de 2010, pretende chegar a R$ 1 bil hão. O executivo acredita que com condiçõs adequadas de produção e mercado, a receita mensal da empresa pode chegar a R$ 130 milhões.

Ontem, a Leitbom informou ao mercado ter aprovado a contratação de empréstimo de R$ 67 milhões junto ao Itaú BBA. Segundo Falco, o valor será usado como capital de giro para financiar o crescimento da companhia.

Falco prevê estimular o consumo de Parmalat a partir da recuperação da confiança do consumidor. Para isso, resgatará a associação da marca com o técnico Luiz Felipe Scolari (de volta ao Palmeiras) em comerciais de TV.

Está no planejamento deste ano gastos na ordem de 7% da receita para financiar o marketing.

Para atender o que chama de "demanda reprimida do mercado por produtos variados", Falco teve que ir ao campo para reconquistar os produtores de leite que, no começo, não aceitaram fechar contratos.

Hoje, o executivo garante contar com 24,2 mil produtores de leite de todo país. São oito fábricas, cinco da LeitBom e três da Laep, espalhadas pelo país e uma nona terceirizada.

Sobre os problemas de produção de leite no passado, Falco diz que foram pontuais.

http://www.brasileconomico.com.br/noticias/as-receitas-da-parmalat-para-reconquistar-os-brasileiros_87427.html


Um comentário:

  1. Um campo de incertezas ,ousadia e risco são lados da mesma moeda.Aos investidores a cautela é recomendada por especialistas na hora de investir em papeis com picos muito elevados como a milk11 que a meses atras registrou um aumento de mais de 500 porcento .Eu que não sou nenhum especialista aposto na empresa.Vou pagar pra ver...rs

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